Desempoeiradores de Comprimidos e sua importância no processo de produção de comprimidos

Este artigo foi originalmente publicado no site Tablets & Capsules – especializado em publicações técnicas para os que que formulam, fabricam ou embalam formas farmacêuticas sólidas. Em cada nova publicação, um especialista responde às questões de leitores enviadas à redação. O presidente da Krämer EUA, Andre Petric, é quem respondeu os questionamentos sobre a tecnologia atual dos Desempoeiradores de Comprimidos e sua importância no processo de produção de comprimidos.

 

Como um desempoeirador de comprimidos pode melhorar meu processo de produção?

O desempoeirador de comprimidos, localizado junto à compressora, tem um papel muito importante, mas às vezes esquecido, no processo de fabricação dos comprimidos. Durante a compressão de formulações em comprimidos farmacêuticos e nutracêuticos, às vezes o pó adere aos comprimidos quando eles saem da compressora. Além disso, o pó no espaço entre a ponta do punção e a parede do orifício da matriz pode formar rebarbas: é exatamente aí onde um desempoeirador atua.

 

Remoção de poeira

A ineficiência do desempoeirador de comprimidos geralmente é a causa quando o pó invade os processos posteriores. Um desempoeirador que funcione corretamente, não apenas transporta suavemente os comprimidos na mesma velocidade que a saída da compressora, mas também os limpa adequadamente.

Os fornecedores oferecem três tipos básicos de desempoeiradores de comprimidos: horizontal, transporte para baixo e transporte para cima. Todos eles consistem em uma superfície perfurada ou peneirada que vibra ou oscila, sacudindo os comprimidos e deslocando a poeira de suas superfícies à medida que os transmite para a frente, enquanto um sistema de coleta fornece um vácuo para afastar a poeira. Para limpar efetivamente os comprimidos, o transportador deve estar funcionando corretamente e o sistema de coleta de poeira deve ter pressão e volume de ar suficientes.

 

Operações aprimoradas

Poeiras e rebarbas de formulações podem levar a poeiras indesejadas nos equipamentos de processamento e embalagem dos comprimidos. A remoção de poeira à medida que os comprimidos saem da compressora, permite que essas operações funcionem com mais eficiência e com menos manutenção.

 

Aprimorando o revestimento dos comprimidos

A remoção de poeira dos comprimidos resulta em melhor qualidade e brilho nos revestimentos dos comprimidos. A remoção da rebarba também melhora a qualidade do revestimento, proporcionando uma aparência mais suave aos comprimidos e tornando-os menos irritantes para os pacientes engolirem.

 

Reduzindo perigos

O pó que vai para a sala de compressão pode ser perigoso para a saúde dos operadores, se ficar no ar. A poeira transportada pelo ar também pode causar problemas de limpeza na sala de compressão, exigindo maior limpeza e manutenção. Se a área ao redor da compressora estiver muito empoeirada, os operadores podem levar a poeira para os corredores, causando contaminação cruzada, exigindo limpeza adicional e obrigando os trabalhadores a usar equipamentos de proteção pessoal (EPI) adicionais. A poeira também pode ir para o ar quando os operadores despejam os comprimidos que passarão pelos processos de embalagem.

 

Operação dos equipamentos de embalagem

O pó pode causar muitos problemas para os equipamentos de embalagem, interferindo nos sensores e nos mecanismos de dosagem, causando mau funcionamento da máquina. Essas falhas podem reduzir a eficiência, aumentar o tempo de inatividade e a manutenção, e resultar em medicamentos rejeitados. O pó também pode causar falhas nas vedações das embalagens de frascos e blisters, fazendo com que as etiquetas não se fixem corretamente.

 

Detecção de metais

Os desempoeiradores de comprimidos verticais ou de transporte para cima, podem facilitar o uso de detectores de metal na compressora, separando comprimidos contendo partículas de metal dispersados durante o fluxo de produção. A sensibilidade do detector de metais é uma função que depende da distância entre o comprimido que passa pelo detector e a abertura do bocal. Quanto maior a abertura, mais distante o comprimido fica do detector de metais. Os detectores de metais com grandes aberturas podem não detectar pequenos pedaços de metal em um comprimido, como pedaços de metal ferroso com diâmetros de 0,3 mm.

Um detector de metais com uma abertura de 1,5 polegadas conectados à compressora, será muito mais sensível que um em outro local, como na embalagem, onde o bocal pode chegar a 5 polegadas ou mais. Acoplado na compressora, o detector pode pegar todos os comprimidos contaminados, mas, nas máquinas de embalagem, o sensor estará muito longe para detectar um pequeno pedaço de metal, podendo apenas detectar apenas contaminantes grandes, como um parafuso em um frasco, por exemplo.

As partículas de metal nos comprimidos podem ser um sinal de um problema nos ferramentais que o cliente deve solucionar antes que o processo descarte muitos comprimidos. Ao abordar o problema cedo e na fonte, ele pode minimizar a perda de produto, melhorar o desempenho da compressora e evitar uma falha catastrófica que exige muito tempo de inatividade.

 

Manuseio de materiais

Os desempoeiradores verticais não apenas despejam os comprimidos, mas também os transportam para cima, permitindo o uso de contêineres de coleta de comprimidos maiores, proporcionando melhor ergonomia para os operadores, além do manuseio, armazenamento e transporte eficiente dos medicamentos para os processos de embalagem.

 

Confira o artigo original em https://www.tabletscapsules.com/enews_tc/2020/issues/tcnews_05_11_20expert.html 

 

Andre Petric é presidente da Krämer US, Allendale, NJ. A empresa é pioneira na fabricação de Desempoeiradores de Comprimidos e é representada exclusiva da STEQ no Brasil.

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